A importância da percepção do risco por parte das empresas é cada vez maior, até porque comportamentos ou estratégias negligentes podem conduzir a penalizações muito graves, não só do ponto de vista financeiro, como da continuidade do negócio. Rui Almeida, CEO da Moneris, aborda a questão da Cibersegurança num artigo para o “Quem é quem nos TICs 2019” do Jornal Económico.
“Penso que os empresários portugueses começam, de facto, a ter uma melhor perceção dos riscos e ameaças para o seu negócio na eventualidade de serem alvo de cibercrime.
No entanto, se falarmos do seu grau de preparação para enfrentar este desafio, aí o caminho a percorrer é claramente longo e diria que, na esmagadora maioria dos casos, ainda não foi devidamente encetado ou sequer definido.
A plena consciencialização do risco financeiro subjacente a um incidente cibernético poderá ser o móbil para que as empresas comecem a planear, antecipar e prevenir a resposta a esta ameaça.
Por seu lado, o Centro Nacional de Cibersegurança tem feito um trabalho notável no sentido de promover uma maior cultura de segurança, de fomentar o conhecimento e de consciencializar entidades públicas e privadas para os temas subjacentes a uma correta utilização dos sistemas de informação, sendo este um importante passo no sentido de reduzir os riscos do ciberespaço.
Contudo o crime cibernético é grave, crescente, está cada vez mais generalizado e agressivo e apresenta enormes ameaças para a segurança nacional e económica, pública e privada refira-se.
Aliás as instituições públicas e privadas são cada vez mais dependentes de um ambiente tecnológico e sofisticado.”